A Federação Interestadual de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) sinalizou durante a terceira rodada de negociação com os sindicatos, realizada hoje (23) em São Paulo, que é possível viabilizar o abono assiduidade (um dia de folga; direito conquistado pela categoria bancária em 2013). Essa mudança de postura das financeiras na mesa é reflexo do Dia Nacional de Luta, realizado ontem (22); em Campinas, o Dia foi marcado com distribuição de jornal específico em financeiras instaladas na área central da cidade.
O auxílio-educação voltou ao debate. Porém, a chamada bolsa de estudo deve ser negociada de forma individual, com cada financeira. Quanto ao complemento do auxílio doença, a Fenacrefi rejeitou.
Nova rodada
A quarta rodada de negociação acontece no próximo dia 30, terça-feira. Os sindicatos esperam que as financeiras apresentem propostas decentes. Na segunda rodada, realizada no dia 2 último, por exemplo, os sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7,86%. O índice sequer repõe a inflação registrada no período de junho de 2015 a maio deste ano, que foi de 9,83%; a data-base dos financiários é 1º de junho.
Pauta de reivindicações
Além da reposição da inflação e aumento real de 5%, totalizando 15,31%, os financiários reivindicam:
– PLR: três salários.
– VA, VR e auxílio-creche/babá: salário mínimo nacional para cada um deles (R$ 880,00).
Pisos:
– Escritório R$ 3.777,93*.
– Caixas, operadores de telemarketing, empregados de tesouraria e os que efetuam pagamentos e recebimentos R$ 5.100,21.
– Analista de Crédito R$ 5.666,90.
– 1º Comissionado R$ 6.422,48.
– 1º Gerente R$ 8.500,34.
– Abono assiduidade de um dia
– Fim da terceirização
– Fim do assédio moral e das metas abusivas
– Licença-paternidade de 20 dias
– Unificação nacional da data base
*Salário mínimo estabelecido pelo Dieese em maio de 2016 (R$ 3.777,93)
Fonte: Contraf-CUT