As entidades representativas dos funcionários ativos e aposentados cobraram do Banco do Brasil, durante reunião no último dia 19 em Brasília, respostas referentes aos pontos pendentes da última mesa de negociação, realizada no dia 21 de dezembro do ano passado. O presidente do Sindicato, Jeferson Boava, participou da reunião.
As entidades cobraram, por exemplo, respostas sobre o andamento dos projetos de ações estruturantes, uma vez que houve impasse no âmbito da Cassi, emperrando o início dos projetos, e também sobre alguma solução para o caixa da Cassi, evitando a falta de pagamento dos serviços que, consequentemente, prejudica o atendimento aos associados.
As entidades afirmaram que houve avanços ao longo do processo negocial e que foram produzidos consensos que devem ser mantidos, como o princípio da solidariedade, o investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde através da Estratégia Saúde da Família, a garantia de atendimento para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas e corresponsabilidade entre Banco e associados.
O BB reconheceu que houve avanços na mesa de negociação e informou que, após a última reunião com as entidades, se reuniu com os diretores eleitos e técnicos da Cassi para discutir sobre os projetos, conforme acordado. Informou também que vai dar sequência aos projetos, iniciando a abordagem com empresas especializadas e garantiu o compromisso com o andamento dos projetos.
Os projetos, cabe ressaltar, fazem parte do programa de excelência no relacionamento que é composto de seis iniciativas estratégicas: Aperfeiçoamento dos Mecanismos de Regulação, Gestão da Rede de Prestadores, Acesso Qualificado Através do Sistema Integrado de Saúde, Gestão Integrada de Informações de Estudos Estatísticos e Atuariais, Aperfeiçoamento dos Processos Orientados ao Sistema de Saúde Cassi e Novos Planos.
As entidades acrescentaram que, mesmo com a contratação de empresas para dar andamento aos projetos, deve-se ter o compromisso do BB e de seus representantes na Cassi de não haver alterações substanciais de conteúdo e de premissas defendidas pelos eleitos nas Iniciativas Estratégicas ou que mudem o modelo de Cassi defendido pelos eleitos e entidades representativas. O que teve concordância do BB. O Banco também afirmou que todas as decisões seguirão o trâmite normal dentro da governança da Cassi, via diretorias e conselhos.
Reforço de caixa
O Banco do Brasil afirmou que, enquanto os projetos estão na fase inicial, estuda várias alternativas para o reforço de caixa, que serão apresentadas internamente à Cassi. O BB afirmou também que, após essas medidas, não haverá falta de pagamento a nenhum prestador da Cassi; algo que não ocorreu até o momento.
A comissão de negociação também cobrou que o BB não apresente nenhuma medida que corte benefícios ou suspenda programas de saúde ou de atendimento aos usuários dos planos da Cassi. O Banco informou que apresentará soluções para reforço de caixa sem corte de benefícios e que, sendo aprovadas depois de debatidas internamente, pode-se pensar até em sair do contingenciamento. Debateu-se, então, um prazo necessário para que a mesa seja retomada com a apresentação do encaminhamento sobre os projetos e quais as soluções para reforço de caixa que serão implementadas. Ficou acertado que o prazo mínimo será de 30 dias e, se houver necessidade, haverá uma reunião nesse intervalo. A próxima rodada de negociação foi agendada para o dia 25 de fevereiro.
Descredenciamentos
Os integrantes da Comissão de Negociação pediram informações à diretoria da Cassi sobre o descredenciamento de prestadores, relatado por associados em várias regiões. A Cassi informou que os descredenciamentos têm origens diversas que vão desde a questão de mudanças no setor com desinteresse de prestadores de serviços de saúde em serem conveniados a operadoras de saúde, pouca quantidade de usuários e prestadores de serviços de saúde em determinados locais, até o vencimento de contratos com novas negociações em andamento, mas que em nenhum caso foi por falta de pagamento.
Fonte: Contraf-CUT
25/01/2016
Negociação sobre futuro da Cassi avança
Banco do Brasil