Os sindicatos e o Banco do Brasil instalaram no último dia 8 a mesa temática sobre Ascensão Profissional, prevista na cláusula 55ª do Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Temas como encarreiramento, transparência e melhorias nos critérios dos processos seletivos em todas as unidades nortearam a reunião. Deborah Negrão de Campos, diretora do Sindicato, participou da mesa como representante da Federação dos Bancários de SP e MS. Além de integrantes da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEE), a mesa contou também com a participação de bancários de base convidados pelos sindicatos e federações.
Os representantes dos funcionários propuseram melhorias no TAO, criação de bolsas de seleção em vários níveis gerenciais e, sobretudo, ideias que possam melhorar a transparência nos processos. Foram sugeridas mais transparência na abertura de vagas, com prazo definido para as nomeações e a divulgação dos resultados para que os concorrentes tenham as informações de conclusão de cada etapa de uma seleção.
Os representantes dos funcionários propuseram também redução da subjetividade em processos seletivos, aperfeiçoando o mapeamento das competências e da análise dos perfis para cada cargo. Já os bancários convidados citaram vários exemplos de seleções que poderiam ser melhores conduzidas e houve a proposta de inclusão da Gepes nos processos que envolvam prefixos maiores.
Caixas: Uma das prioridades levantadas foi o equacionamento das nomeações de caixas em substituição por mais de 90 dias.
Mulher: A questão da equidade de gênero também foi levantada: mais nomeações em cargos estratégicos. Na próxima reunião, o BB vai apresentar dados sobre as nomeações de mulheres.
Greve: Outro ponto bastante citado e que será debatido também nas próximas reuniões diz respeito aos processos de seleção em que, velada ou diretamente, alguns gestores têm usado os códigos de greve para preterir concorrentes em seleções. Os representantes dos funcionários querem debater também a inibição do acesso ao ponto de greve.
Avaliação: Para a diretora Deborah Negrão de Campos, “o debate na mesa foi rico, com destaque para a participação de bancários de base, que apresentaram a vivência, o dia a dia dentro das unidades. Inclusive demonstraram a insatisfação quanto ao processo de ascensão profissional, principalmente em decorrência da subjetividade e falhas nos chamados ‘feedsbacks’”.
Reunião: Estão previstas mais duas reuniões da mesa nos meses de fevereiro e abril. A mesa tem prazo de 120 dias para concluir seu trabalho, conforme prevê a cláusula 55ª do Adititivo à CCT.
Fonte: Contraf-CUT
Foto: Guina Ferraz