Os sindicatos e o Itaú se reuniram no último dia 26 em São Paulo para discutir, entre outros temas, demissões e programa Agir. Os dirigentes sindicais cobraram esclarecimentos sobre recentes demissões em todo o país. O Itaú afirmou que, em relação ao ano passado, não existe variação no número de demitidos e negou demissões em massa. A pedido dos sindicatos, o Itaú irá apresentar detalhes das dispensas na próxima reunião, que deve acontecer entre os dias 15 e 17 de dezembro próximo. E mais: serão realizadas reuniões trimestrais para acompanhar o nível de emprego dentro do maior Banco privado nacional.
Indagado sobre o fechamento do prédio da São Cristovão, no Rio de Janeiro, que tem em média 400 funcionários, anunciado na última quarta-feira (25), o Itaú informou que os funcionários da área comercial serão realocados.
Agir: novo cálculo
No que se refere ao programa Agir, o Itaú anunciou mudança no cálculo; um ajuste no impacto dos dias de greve. A partir de agora, a referência será os últimos três meses (julho, agosto e setembro), prevalecendo o que for mais vantajoso. Os sindicatos reivindicaram ainda revisão do impacto das férias no cálculo; o Itaú vai analisar. “Depois de muita luta e muita insistência, finalmente conseguimos que o Itaú entendesse que a greve é um direito do trabalhador, que não pode ser prejudicado em sua remuneração em virtude disso”, afirmou o diretor do Sindicato, integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sérgio.
Assistentes: O Itaú informou que os assistentes comerciais passarão a ser contratados como assistentes, com jornada de 6h; os que já trabalham continuarão na mesma função e jornada.
Representantes do Itaú na reunião: Romualdo Garbos (RH), Marcelo Orticelli (Relações Sindicais), Carlos Sobrinho (Relações de Trabalho) e Marcos Aurelío (Relações Sindicais).
Fonte: Contraf-CUT (foto: Caetano Ribas)