Entre os dias 12 e 14 deste mês de junho, foram realizados o 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e o 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Federal, em São Paulo. A partir desta edição, publicaremos as propostas aprovadas por temas, inclusive aquelas apresentadas pelos delegados da Federação dos Bancários de SP e MS, entidade da qual o Sindicato é filiado. As propostas, vale destacar, serão amplamente debatidas nos locais de trabalho. Acompanhe. Participe.
Banco do Brasil: Cassi, Saúde, assédio moral e Previ
Cassi
– Manutenção do princípio da solidariedade.
– Valorização dos programas de medicina preventiva para todos.
– Compromisso do BB para pagamento de deficits atual e futuro (eventual).
– Cobertura mais abrangente do plano odontológico, a ser administrado pela Cassi, extensivo aos aposentados.
– Ampliar o controle social, fortalecendo os conselhos de usuários na gestão participativa.
– O custo do tratamento dos adoecidos pelo trabalho deve ser de responsabilidade do BB.
– Extensão da Cassi aos funcionários incorporados.
– Programa de medicina do trabalho e estratégia de saúde da família extensivo aos incorporados.
– Reciprocidade da rede credenciada.
Saúde
– Implantação pelo BB de programa proativo, com finalidade de detectar e intervir nos casos de funcionários com algum distúrbio ou dependência.
– Manutenção da função durante o afastamento para tratamento e pagamento dos tíquetes refeição e alimentação; e pagamento de substituição.
Assédio moral
– Campanha permanente de combate e fortalecimento dos canais de denúncias.
Avaliação
Para a diretora do Sindicato e integrante do Conselho Deliberativo da Cassi, Elisa Ferreira, “a saúde é hoje um dos pontos mais importantes para os funcionários. Temos que discutir e construir uma caixa de assistência sustentável, perene; que atenda as necessidades, sem resultar em deficits. Vamos cobrar do BB uma proposta que atenda as seguintes premissas: solidariedade, custeio de eventuais deficits, responsabilidade com aposentados e investimento para implantação do novo modelo de saúde preventiva e de gestão”,
Previ
– Apoio ao PL 084/2015 que acaba com o voto de Minerva e impede a devolução de superavit às patrocinadoras.
-Implantação do teto de benefícios do plano 1, evitando assim distorções como a ocorrida com os executivos estatutários.
– Cobrar esclarecimentos a respeito de estudos realizados pela Consultoria Accenture na Previ que aponta para uma reestruturação na entidade, que reduz a representação de diretorias eleitas pelos funcionários. Os referidos estudos também apontam para medidas de terceirização na diretoria de investimentos e de administração.
– Previ para todos, incluindo os funcionários de bancos incorporados.
– Possibilidade de resgate da parte patronal aos participantes do Previ Futuro, quando do desligamento do Banco.
– Previ Futuro: alteração dos preceitos da parcela 2B, que obedece a lógica gerencial, com foco no comissionamento.
Avaliação
Para a diretora do Sindicato e integrante do Conselho Consultivo do Previ Futuro, Deborah Negrão de Campos, “o tema que envolve previdência fechada tem grande relevância na vida dos funcionários; afinal, aponta para o futuro de todos. A nossa vida laboral se transforma na medida em que alcançamos o direito de desfrutar daquilo que administramos e planejamos dos nossos recursos, que passam a ser a nossa fonte de renda em forma de benefício. Toda atenção deve ser dada aos nossos planos de previdência, acompanhando os temas que os envolvem, participando de discussões, planejando o futuro”.
Funcef democrática
O futuro da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) foi amplamente debatido no 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Federal, realizado entre os dias 12 e 14 últimos em São Paulo. Para os delegados reunidos no Conecef o caminho para suplantar a atual crise do fundo de pensão passa pela ampliação da democracia, transparência e efetiva participação dos associados.
Para trilhar esse caminho definido é fundamental conquistar durante a Campanha Nacional deste ano, inserir no novo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) quatro pontos cardeais: fim do voto de Minerva nas instâncias da Fundação; instituir assembleias e consultas para os associados decidirem sobre as questões mais importantes de seus planos; ampliar o número de representações regionais; e criar uma cartilha com esclarecimento sobre os investimentos do fundo de pensão, com leitura acessível a todos.
Avaliação
Na opinião do diretor do Sindicato, Gabriel Musso, que participou do 31º Conecef, “somente com democracia e participação dos empregados é possível a Funcef evoluir, manter-se sólida e sustentável. E mais: esse debate é importante porque contribui com o desenvolvimento do país”.
Fotos: Júlio César Costa
29/06/2015
Resoluções dos congressos do BB e Caixa Federal em debate
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