A diretoria do Banco do Brasil promoveu, recentemente, um ajuste no quadro de pessoal, que resultou no corte de três mil vagas da dotação. Ao mesmo tempo anunciou a convocação de 2.600 novos funcionários concursados. Com essas duas medidas, a falta de funcionários reconhecida pelo Banco, que era de 5.600, desaparece como num passe de mágica.
Em Campinas, segundo levantamento, a nova dotação implica no corte de nove vagas na PSO (Plataforma de Suporte Operacional) e 30 na Gerev (gerência de varejo).
Para a diretora do Sindicato, Elisa Ferreira, uma dotação menor de posto efetivo (PE) representa a precarização do trabalho via terceirização. “Medidas anteriores, como parte de um processo de reestruturação, implicaram no aumento do volume de serviços. Agora, o trabalho vai intensificar ainda mais. Até porque, em nome da expansão, o crédito, as contas e clientes aumentaram; o que gerou um ritmo alucinado de trabalho, resultando em adoecimento, comprometimento da saúde dos funcionários. E mais: a redução do quadro de pessoal, aliada ao adoecimento provocado pelo excesso de trabalho, impacta negativamente na Cassi, que desde 2012 acumula deficits. Afinal, a redução na folha de pagamento diminuiu a contribuição à Cassi que, por sua vez, tem aumentado os gastos com tratamento dos adoecidos no trabalho”.
Medidas adotadas
Ao citar “medidas anteriores”, a diretora do Sindicato se refere a redução de caixas na bateria, deslocando um deles para triagem de usuários e clientes – na verdade, redirecionando o público para outro tipo de atendimento -, fechamento da maioria das Gecex (em Campinas, menos 33 postos), micro crédito produtivo orientado por jovens aprendizes, antes o serviço era feito nas agências, Banco Postal, dentre outros pontos.
Expulsar clientes
Em resumo, destaca a diretora Elisa, o BB quer expulsar os clientes e usuários das agências; ganhar mais com menos.
25/03/2015
BB reduz dotação: trabalho aumenta e adoece funcionário
Banco do Brasil