O IV Congresso da UNI Global Union, encerrado no último dia 10 na Cidade do Cabo na África do Sul, aprovou o plano de ação sobre “O Novo Mundo do Trabalho”, reconduziu Philip Jennings ao cargo de secretário-geral e elegeu Ann Selin, líder do maior sindicato da Filândia, à presidência da entidade. O Congresso deste ano, aberto no domingo (7) com o tema geral “Todos Incluídos”, reuniu dois mil dirigentes sindicais.
Sindicato global, a UNI representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços de todo o mundo, incluído o de finanças; inclusive a Contraf-CUT é filiada. O presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava, e o vice-presidente e diretor da Contraf-CUT, Mauri Sérgio, participaram do Congresso.
Mundo vai precisar de 1,8 bilhão de empregos
O relatório The Future World of Work (O Novo Mundo do Trabalho), lançado no final do Congresso, examina as condições do mercado de trabalho, tais como a abertura de empregos, a polarização do trabalho e a procura de competências, e aponta as futuras tendências. Segundo o documento, o mundo vai precisar 1,8 bilhão de novos postos de trabalho até 2050 para garantir um nível de 75% do emprego.
O relatório identifica uma série de tendências de mudanças nos mercados de trabalho; entre elas, desempenho econômico fraco e incerto, mudança da população e mudanças demográficas dos países desenvolvidos para as economias emergentes, transformação e digitalização tecnológica e estresse ambiental.
Quebrando barreiras
O secretário-geral da UNI, Philip Jennings, em sua fala destacou que o tema lançado no Congresso anterior, realizado em Nagasaki em 2010, vai continuar a ser o roteiro da UNI. O plano “Quebrando Barreiras” convoca ações “para construir o nosso poder de organização”, disse Jennings. A convocação tem como bandeiras de luta os seguintes pontos:
– Mudar as regras do jogo da economia global, a partir de regulação financeira às cadeias de fornecimento.
– Compromisso com o crescimento dos sindicatos na crescente economia de serviços.
– Aumentar direitos sindicais e influência nos negócios.
– Vencer a luta pela igualdade de gênero, inclusive na própria UNI Sindicato Global e nos sindicatos.
Inglaterra 2018
O V Congresso da UNI será realizado em Liverpool, em 2018.
Fonte: Contraf-CUT
Fotos: Divulgação