A forte mobilização da categoria durante a Campanha deste ano, que resultou numa greve de sete dias, assegurou conquistas econômicas e avanços nas chamadas cláusulas sociais, com destaque ao combate às metas abusivas e ao assédio moral. Principais problemas apontados pelos bancários dentro dos locais de trabalho, as metas abusivas e o assédio moral resultam em adoecimento físico e mental.
Além de manter a proibição dos bancos divulgarem o ranking individual de desempenho, conquistado em 2011, a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em sua cláusula 36ª, proíbe os gestores de cobrarem o cumprimento de resultados por mensagens enviadas para o telefone do bancário; no ano passado a CCT proibia apenas SMS. Ou seja, agora o gestor não pode cobrar resultado via mensagem tarifada (torpedo) ou mesmo via WhatsApp.
Assédio moral
Já na cláusula 57ª, que trata do Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, conquistado em 2010, os bancos assumem o compromisso para que o “monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”.
Caso isso não aconteça, o bancário poderá apresentar denúncia de assédio moral ao Sindicato que, por sua vez, irá encaminhar ao Banco. A resposta deve ser dada no prazo de até 45 dias.
Cabe esclarecer que a CCT prevê o Protocolo; a adesão é por Banco. Hoje, o Sindicato tem aditivo à CCT sobre o Protocolo com 10 bancos: Itáu, Bradesco, Santander, HSBC, BB, Caixa Federal, Citibank, Safra, BicBanco e Votorantim.
Avaliação
Para o diretor de Saúde do Sindicato, Gustavo Frias, “na Campanha deste ano foram dados importantes passos rumo ao combate à cobrança excessiva de metas e ao assédio moral. A categoria garantiu avanços, porém a luta não acabou. A construção de um ambiente de trabalho saudável requer ainda mobilização e participação dos bancários”.
03/11/2014
Acordo coletivo assegura combate às metas abusivas e assédio moral
Condições de Trabalho